Nunca deixe de lembrar
A Netflix colocou em sua grade de filmes, um representante do novo cinema alemão, “Nunca deixe de lembrar” (Werk ohne Autor), do diretor Florian Henckel von Donnersmarck. Realizado em 2018, com as atuações de Tom Schilling, Sebastian Koch e Paula Beer, é um romance com todas as características de um drama político. Dois jovens que se apaixonam e devem enfrentar as dificuldades da vida. A história começa em uma Alemanha Nazista, cheia de preconceitos e com o intuito de construir uma sociedade perfeita. Na primeira cena, Tom Schilling, uma criança que sonha ser artista, e sua tia Elisabeth, ouvem o curador do Museu e sua interpretação do que o regime considera os artistas contemporâneos modernistas, como atores de uma sociedade corrupta, decadente e degenerada. Durante as 3 horas e 9 minutos do filme o diretor nos leva por uma viagem de utopias e os anseios de sobrevivência dos jovens.
O cinema alemão é conhecido pela complexidade de suas temáticas, que contemplam o legado deixado pelo nazismo, uma nação que sonhou em conquistar o mundo, mas que ao final da Guerra foi dividida entre Ocidental capitalista e Oriental comunista. Uma divisão que deixou sequelas importantes e que podem ser apreciadas em alguns filmes como “A vida dos outros” de 2007, do diretor Florian Henckel Von Donnersmarck que narra o papel da Stasi, polícia política da Alemanha Oriental e o controle das Artes, a Cultura e a sociedade alemã. Outra referência é o filme do diretor Wolfgang Becker, com o filme “Adeus, Lenin” de 2003, que registra a queda do muro de Berlim e a difícil unificação da Alemanha em 1989. Famílias que se reencontram depois de muito tempo, um Ocidente que deve abraçar a Alemanha Oriental atrasada e com desejos de consumo.
“Nunca deixes de lembrar” é um romance histórico e dramático, de uma nação que se fortaleceu depois de todas as experiências significativas que transformaram a Alemanha em uma das principais potências do Mundo. Um filme de memória, que emociona e sensibiliza o espectador, o que reforça o nome do filme. Que nos mostra que mesmo depois das dificuldades, floresce a esperança e que o ímpeto juvenil transforma a vida das pessoas. Os jovens, além de enfrentarem as dificuldades políticas que a Alemanha sofreu pela guerra e a ideologia, devem enfrentar a intolerância social e econômica da família da protagonista, que se apaixona por um artista plástico numa sociedade onde predominava o “Realismo Socialista”, que priorizava a arte revolucionária e abominava a individualidade artística.
O filme é um exemplo das polarizações em que vivem as nações e o transforma em um exemplo para compreender o que esta acontecendo em nosso Brasil em 2022.
Por Francisco Lillo
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